segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Reunião de Câmara do Marco em 09-09-2011






EXPOSIÇÃO

Exmo. Sr. Presidente da Câmara Municipal de Marco de Canaveses:

Os episódios ocorridos durante a reunião ordinária, do passado dia 28 de Julho, deixaram-me estupefacto ao verificar as intervenções do Sr. Vice-Presidente, Eng.º José Mota, durante a mesma. Mas o que se passou no final da mesma foi mau de mais para ser verdade.
O Sr. Vice-Presidente que, já durante a reunião, quando eu fiz afirmações que se passaram e vão continuar a passar-se em relação à admissão de funcionários, verifiquei que do olhar dele parecia sair ódio, não aguentando a pressão das verdades que eu estava a dizer.
Não sei se propositadamente ou não, deixou sair todas as pessoas que estavam no Salão Nobre, e quando eu me despedia do mesmo e do Sr. Presidente, dirigiu-se a mim com uma arrogância impressionante, voltando ao assunto atrás referido. Palavra puxa palavra, verdades puxam verdades, e o episódio terminou com uma cena lamentável, tendo o Sr. Vice-Presidente começado a falar aos berros, o que levou a que funcionários/assessores que se encontravam nos gabinetes próximos, se deslocassem pelo corredor interno de acesso ao Salão Nobre, para verificar o que se passava. Tendo constatado que se estava a verificar uma mera discussão acalorada, regressaram os seus locais de trabalho.
O Sr. Vice-Presidente continuou a falar em tom alto e arrogante, ao ponto de o Sr. Presidente da Câmara ficar com ar de estupefacção perante o que estava observar. Eu verificando o olhar atónito do Sr. Presidente disse-lhe que lhe ia citar a conhecida expressão popular “o corno é sempre o último a saber”, por ter ficado com a ideia que o mesmo desconheceria as “habilidades” que têm sido praticadas. E fui ainda mais longe e disse que tudo o que tinha referido no decorrer da reunião, e dei a entender quem viria para substituir o Engº Lima no seu lugar, fui mais preciso e referi que ele até nem era Engenheiro, mas sim Arquitecto na Câmara de Felgueiras. Ao ouvir esta afirmação o Sr. Vice-Presidente, entrou em histerismo, dando altos berros, pois não tinha gostado de ouvir o que eu tinha referido, que aliás já vinha no decorrer do que eu havia dito durante a reunião.
Continuando em altos berros e não deixando que eu retorquisse, no calor da discussão saiu-me esta expressão “eu não estou para o aturar, vá à merda”, ao que o mesmo respondeu com “eu vou se for para si”, continuando no mesmo tom exaltado, demonstrando estar fora de si, ao ponto de largar “perdigotos”, como pudemos constatar, eu inclusive, pois atingiram-me.
Não só estava atónito com esta atitude do Sr.Vice-Presidente, o Sr. Presidente, como eu próprio, ao ponto de lhe dizer que “com a sua atitude, o que o Senhor merecia era que lhe desse na cara” ao que o mesmo retorquiu, de novo de forma muito exaltada, “mas dê”, ao mesmo tempo que retirou os óculos. Eu calmamente referi-lhe “aqui dentro não, mas lá fora sim”.
Acto contínuo, o Sr. Vice-Presidente sai do Salão Nobre, em direcção ao exterior dos Paços do Concelho, berrando de forma desabrida, de tal forma que, pessoas que se encontravam ainda no átrio, bem como outras que já se estavam na escadaria do exterior do edifício (segundo dizem) se dirigiram até à entrada do salão Nobre, e em especial lembro-me de ver o Sr. Coronel Valdoleiros a entrar até meio do Salão Nobre, tendo tentado interceptar o Sr. Vice-Presidente, não tendo conseguido. O Sr. Vice-Presidente continuou a deslocar-se em direcção ao exterior do edifício.
Eu, acompanhado do Sr. Presidente, que me vinha a pedir para ter calma, ao que eu respondi que mais calmo do que estava seria difícil, saímos calmamente para o átrio, onde estivemos cerca de 5 minuto, e vi o Sr. Vice-Presidente no pátio exterior, no cimo da escadaria, acompanhado por algumas pessoas, vociferando e gesticulando, não sei concretamente o quê, em virtude da porta de saída para o exterior se encontrar fechada.
O caricato da situação foi que todos me estavam a pedir para ter calma, quando na realidade, calmo estava eu; ficou-me na retina o Sr. Coronel Valdoleiros se ter dirigido a mim e me ter dito “tenha calma Sr. Coronel”, ao que atalhou “desculpe que lhe chamei de coronel”, ao que eu respondi sorrindo que não tinha qualquer problema.
Diversas pessoas estavam a pedir-me para não sair pela porta principal a fim desta forma não te de me cruzar com o Sr. Vice-Presidente, ao que acabei por anuir, pondo como condição, que eles seriam testemunhas de que foi a pedido delas todas e por consideração às mesmas que o faria, sendo elas testemunhas vitais, de que não saí por lá não por medo, pois foi coisa que nunca tive. Comecei a deslocar-me para a saída situada rés do chão do edifício, virada para o Auditório Municipal, tendo aqui que referir a amabilidade que algumas pessoas tiverem em acompanhar-me.
Não consigo agora precisar em concreto todas, mas seguramente posso citar o Sr. Presidente da Câmara, o Sr. Vereador Bruno Magalhães, e admito que também me terão acompanhado ainda o Sr. Vereador Artur Melo e o Sr. Coronel Valdoleiros.
Queria agradecer sinceramente a atitude que todas as pessoas que atrás referi tiveram no caso em apreço, as quais ao despedirem-se de mim me agradeceram todas de novo pelo meu comportamento e por ter anuído ao pedido deles, em particular retive as palavras do Sr. Presidente da Câmara.
O episódio que aqui foi relatado, não dignificou nenhum dos interlocutores, mas não tenho qualquer pejo em, se as afirmações que eu proferi não se vierem a concretizar, no que respeita á ocupação do referido lugar, pedir desculpa pelo ocorrido. Nas outras vezes em que referi actos semelhantes no que respeita a admissões, não falhei. Quem sabe falharei agora… Era bom que isso acontecesse.
Mais solicito que a presente exposição faça parte na íntegra da acta que vier a ser lavrada desta reunião ordinária. 

Marco de Canaveses, 09 de Setembro de 2011

Os Vereadores do Movimento Marco-Confiante com Ferreira Torres,



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                (Avelino Ferreira Torres)